quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A DIVA DO SEXO Por Renato Fernandes





 " Sou falocrata, adoro ter entre os lábios e as coxas um fallus." 

 "Soem os clarins e rufem os tambores, Enoli Lara, a escritora erótica, está de volta. E alerta, quando Lady Lara resolve falar, sai de baixo, até as bases de Brasília tremem. 

 Nos últimos anos, Enoli dedicou-se a escrever a sua biografia, recheada de passagens picantes e com isso, deu um tempo nas badalações, entrevistas e escândalos. Refugiou-se em seu apartamento no Rio de janeiro, onde anualmente, além de passar horas do dia escrevendo, gosta de ouvir Beethoven, Ravel e Malher. Sem perder a sofisticação , lady Lara , até para dormir, só usa lingeries da Victoria's Secret e três gotas do perfume Panthère da Cartier. 

 Tempo livre só mesmo para ir à praia. Em dias de sol é possível ver a musa do bumbum , em Ipanema, bem em frente a rua Farme de Amoedo, no ponto gay. 


 Não se assustem! A pioneira do nu da avenida, não tem nada de gay. Enoli foi musa e precursora de muitos acontecimentos. Tornou-se conhecida em 1987 ao processar a Globotec, por uso indevido de imagem em um comercial do Banerj, veiculado durante o RJTV, antes do Jornal Nacional, da Rede Globo. Nele , uma foto de Enoli, aos 35 anos , de biquíni e de costas, com seu magnífico bumbum era veiculada ao lado das maravilhas do Rio, como Corcovado, Pão de Açucar, Maracanã enquanto o locutor falava do quê?


 Poupança, é claro. O processo catapultou-a, até então escultora, para a fama.O caso terminou num acordo que lhe rendeu o equivalente a 40 mil dólares. 


 Em 1988, Enoli consagrou-se definitivamente na mídia ao sair nua pela União da Ilha do Governador. Ali, ela trajava apenas botas, um cocar na cabeça e o corpo pintado de vermelho e preto, as cores da bandeira do Flamengo. No resto nada.Completamente nua. 


 Escândalo nacional e internacional. Chegou a ser capa até mesmo no Japão. Pouco? Não. No ano seguinte, 1989,  a diva Enoli Lara volta a escandalizar o país , saindo de Afrodite, a deusa do Amor, sobre um carro alegórico, defendendo a mesma escola do ano anterior, com o enredo, Festa Profana. Nesse carro , ela vinha fazendo amor com deus Baco. Detalhe: ela só trajava um véu de musselina branca, que durante o desfile , ela abria e fechava, mostrando que estava sem nada por debaixo. 



 Resultado, no ano seguinte a LIESA ( Liga Independente das Escolas de Samba) proibiu a genitália desnuda. 

 Musa do Pasquim, madrinha da Banda de Ipanema , modelo de Di Cavalcanti e do escultor Edgar Duvivier, um dos seus quatros maridos, lady Lara comandou durante dois anos , uma coluna no jornal carioca A Notícia, convidada por Jaguar.

 Recebia , em média, 3 mil cartas por mês. Também teve uma coluna por três anos na revista erótica Internacional , intitulada Transando com Enoli Lara. 


 Impossível a televisão ficar de fora dos domínios de nossa Cleópatra tropical. Logo , ela comandou um quadro num programa vespertino da extinta TV Rio e um programa semanal na rádio Manchete, na Cama com Enoli. 



 Os temas dos programas? Sexo, óbvio. Em 1992 saiu como candidata à vereadora pelo Partido da Frente Liberal, na qual distribuía camisinhas, durante a campanha. Nessa entrevista , lady Lara se revela como poucas vezes ousou.Conta trechos de seu livro inédito e relata suas aventuras eróticas com celebridades do futebol, política, música e televisão.

 Enoli não se recusa a falar de absolutamente nada e se expõe sem pudores. Foi no apartamento em que mora, na Avenida Vieira Souto de frente para o mar, logo depois do carnaval, que ela se abriu para HUNTER. Vestindo um sensual vestido Versace e com saltos altíssimos que a diva não tira nem para o sexo. Lady Lara só deixa entrar no seu closet, Dolce& Gabbana, Yes Brazil, Forum e Galliano.Para ir à praia só biquinis da Bumbum e Kitanga, que ressaltam, mais ainda, seu valioso bumbum.O coração não está vazio. Há mais de um ano namora um árabe de 30 anos e pretende finalizar o livro com o romance dos dois."

 Texto de Renato Fernandes para a revista Hunter

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