quinta-feira, 4 de abril de 2013

" O TOTÊMICO" -Trilogia do Prazer -Enoli Lara



Por falar em tamanho, já que é o objeto de desejo, até se escreveu um tratado sobre ele-, não posso deixar de homenagear, o mais poderoso de todos, o que pode se intitular "totêmico", digno de remeter às representações divinas em todas as formas de arte. 

Além disso, era lindo, corpo e alma. Eu, na época, apresentava um programa na TV Rio, denominado "A Mística do Nu", enquanto imagens do meu vídeo com o mesmo nome e depois comprado pela Playboy Vídeo, apareciam na tela. 

Era ao vivo e à tarde e, é lógico, não só provocou a ira das donas de casa, mal resolvidas sexualmente, mas a luxúria nos homens.Foi num desses programas que entrevistei esse símbolo máximo de beleza e sedução.

 Ele havia sido escolhido o "Homem do Ano" de uma determinada grife .Ao entrevistá-lo descobri que tinha 12 irmãos, todos também belos e evangélicos. Um dia ao telefone conversei com a feliz e privilegiada mãe, essa sim, deusa Deméter, abençoada geratriz. 

Ele iniciou o jogo da sedução.Eu fiquei fascinada, pois como tenho a imagem de devoradora, ele não se intimidou e atacou.

 Veio me buscar em casa e fomos jantar, só que de uma maneira pouco formal.Levei  champagne Don Pérignon, taças (flutes) de cristal,caviar e morangos; ele me presenteou com flores e aquele corpo todo, para a degustação erótica. 

Brindamos nosso encontro, sentados , elegantemente vestidos. Não resisti, e comecei a despi-lo.Ele era enorme em todos os sentidos;mas eu sedutora, mais experiente fui a dominatrix. 

Amarrei seus braços com uma écharpe de seda e dei início ao ritual, que foi delirante. 

O champagne era derramado, comedidamente como oferenda por todo o seu corpo.

 Ao embeber sua boca carnuda e seus lábios lascivos, beijamo-nos sofregamente.A bebida umedecia aquele atraente corpo, misturando o seu suor , seu perfume e seus hormônios, que eu lambia languidamente, por vezes suave, outras vorazmente.

 Quando minhas mãos e minha boca gulosa se aproximaram do objeto de desejo, gostaria que o mundo parasse, para eu subir e descer naquele símbolo totêmico ad infinitum. 

O que aconteceu depois, parece inverossímil, quanto viver no planeta Mercúrio, e confesso que me surpreendeu de tal modo que nunca mais vivenciei sensação igual.

 O membro ereto sugeria um aríete em ataque de guerra, e tinha uma cabeça cujo diâmetro, era inimaginável.

 Assemelhava-se àqueles sorvetes de casquinha, mas com três bolas bem -servidas.O desenho era único, nunca mais visualizei algo próximo daquele obelisco.E era muito grande , entre 35 e 40 cms, um dos maiores fallus que jamais imaginei.Deus teria exagerado ao esculpi-lo.

 Apesar de toda a dificuldade em invadir o meu labirinto de prazer, ele insinuou cometer um sacrilégio, profanar a zona viciante.

 Impossível, nem lá nem cá. Foi um embate erótico, em que eu tentei defender o meu portal, como um castelo trancado a sete chaves; nem mesmo ao cavaleiro guerreiro, empunhando uma espada descomunal, seria permitido invadi-lo, já que eu temia pela minha "memória erótica" 

Nunca mais a minha fortaleza seria a mesma, e, talvez ,ele não fosse o homem da minha vida para ficar acoplado para sempre dentro de mim, embora fosse lúdico lembrar da bela obra de Dante, "A Divina Comédia", em que dois amantes são transpassados no espaço por uma espada.

 Impossível ter o membro me possuindo , nem na garganta profunda. As tentativas, plenas de lascívia de todas as formas, causaram langor , delírios viciosos e orgasmos múltiplos. 

Não dá para esquecer, o interlúdio, a lubricidade e a implausível orgia. Trilogia do Prazer a sacerdotisa do sexo 

Enoli Lara

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